quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ultimos agradecimentos para aquele que já foi

Cospes palavras que talvez nem quisesses dizer. Mas cospes com vontade, assim, bem na minha cara. Xingas, me humilhas, maldizes o amor, a mim e desdizes todas as juras e tudo o que antes parecia bom. Mesmo assim eu te agradeço. Pois pelo teu cuspe assim espalhado por todos os meus poros, tive coragem de assumir discordar de ti e mesmo assim te dar razão. Não maldigo nossa história, mas nós dois seremos menos um.
Obrigada pelas malas tantas vezes feitas, desfeitas, refeitas, pela confusão que tuas roupas causaram em meu chão, minha cama, meu armário, em mim. Pela bagunça das tuas coisas que nunca se decidiam se ficavam ou não e agora que se foram, não poderiam estar melhores. Assim as minhas respiram. Lembrei o quanto era bom te ter daquele jeito, tão dentro das minhas paredes, e do quanto é melhor ainda ter-te tão longe de minhas portas, pois assim fico mais perto de mim. Teto, piso, janelas, frestas se enchem de mim mesma, coisa que já havia sido enterrada no jardim.
E já ia esquecendo também de agradecer-te pela dor. Porque ela me fez perceber o quanto sou forte. Pelo teu desprezo, que me fez descobrir o quão gigante sou perto de ti. Obrigada por me lembrar que existem outros tão ou mais interessantes que tu e que eu já nem mais enxergava. E pude até notar assim em mim e também ser notada, que sou tão ou mais interessante que tu. Eu que nem era mais eu, agora sou tão mais vida, mais sorriso, mais liberdade, mais leveza. Que tu me eras metade e quando te arrancaste de mim, pensava que levarias uma parte essencial minha, mas quase não causaste estrago.
O pedaço que deixaste me foi suficiente, bem mais saboroso. Tu levaste as mentiras, as traições, os gritos, as loucuras, a perda de tempo e me deixaste o prazer, a verdade, a doçura, a lealdade. Não me deixaste sequer arrependimento, pois da minha parte estava tudo em seu lugar. E não te enganes que serei como tu, a me vingar por aí pelo pouco que me deixaste. Porque só me fizeste crescer com tuas estupidezes, e só me deixaste na boca a vontade de morder mais uma vez a maçã, sem nem saber ser escolhi a certa. E começar tudo de novo, talvez até com mais entrega, agora que me deixaste a certeza de que eu é que era a melhor metade.
Se não for pedir muito, quero que guardes nossas fotos, pra te lembrar o quanto ainda vais demorar a ser tão feliz de novo. Espero um dia te dar um abraço desses que sufocam e te agradecer pelos bons momentos e principalmente pelos maus. Mas peço que não te arrependas jamais, que se não tivéssemos dividido eu não teria somado tanto.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O teatro da moça banal

Dessa vez quero acertar, por isso combinei comigo que, apesar de estar morrendo por você, não gosto de você. Espero você tocar a campainha olhando o escuro pelo olho mágico. Meu coração dispara, mas eu mando ele parar. Estraguei todos os meus relacionamentos de tanto que meu coração dispara. Dessa vez quero acertar, dessa vez quero que alguém fique comigo ao menos um mês sem me achar louca. Cansei de sempre ser a garota louca que espanta todo mundo.Você tem cheiro de roupa limpinha com mente suja e eu quero te rasgar inteiro. Mas apenas te dou um beijinho no rosto. Preciso me comportar. Ser como as minhas amigas que se dão bem e arrumam namorados apaixonados. Há anos que eu rasgo os rapazes, enlouqueço, me apaixono, devoro. E termino sozinha no Espaço Unibanco, querendo morrer enquanto olho sem fome para o pacotinho com dez minipães de queijo.Chega. Dessa vez vou acertar. Não vou chorar na sua frente porque acho um absurdo estar viva, não vou pirar porque deu quatro da manhã e eu tenho a impressão de que a noite é uma coisa de pirar a cabeça. Não vou beijar sua nuca no meio da noite e gostar de você como naquela canção do Legião, que diz que é como se não houvesse amanhã. Eu gosto das pessoas pelo prazer de gostar e não porque deu tempo de gostar delas. E ninguém entende nada. E todo mundo se assusta. Mas prometo ser uma mulher normal dessa vez.Você não sabe porque eu não te atendi o dia todo. Eu te conto que é porque estava muito ocupada. Minhas amigas sempre usam essa desculpa e sempre namoram. Eu era a louca que nem esperava os caras ligarem e já ligava pra eles.Mas dessa vez tô ignorando o telefone. Mesmo que ele fique no meio das minhas pernas o dia todo esperando um telefonema seu. Mas você jamais vai sabe disso.
E jamais vai saber mesmo, sabe por quê? Porque você é o primeiro homem do mundo que não sabe que eu escrevo sobre a minha vida. Chega. Todos os homens morrem de medo disso e eu não agüento mais essa porra dessa solidão que me dá toda vez que procuro um pouco de amor nos beijos e abraços curtos que alguém me dá só pra poder transar depois. Chega.Aí você fala que vai cortar o cabelo e eu quero implorar pra você não cortar. Porque esses seus cachos acabam comigo. O cheiro do seu cabelo. A maneira descabelada que você usa pra parecer arrumado. E eu amo a sua cara de argentino e que você odeia os argentinos. E eu amo como a sua calça nova cai bem em você e como você fica elegante de chinelo. E eu quero te pedir pra deixar tudo como está e não cortar meus cachos prediletos de todos os cachos. Você me salvou. Eu não agüentava mais pensar nos mesmos caras que eram sempre os mesmos caras.Você é novinho em folha e eu sou louca por você. Mas tudo isso eu não te conto pra você não achar que eu sou louca. Chega. Dessa vez vou fazer tudo certo.Já é a sexta vez que você vem à minha casa e até agora nada. Não transei com você. Apesar de pirar na sua barriga e na sua nuca. E de querer eternizar o seu cabelo e o seu nariz feio. E de achar que o seu cheiro é o cheiro de uma nova vida que eu estava precisando tanto. E de eu te adorar principalmente porque eu já nem sabia mais como era adorar alguém novinho em folha. Não, não transei com você. Chega de transar sonhando em andar de mãos dadas. Agora vou andar de mãos dadas pra ver se vale a pena transar. Porque dessa vez vou fazer tudo direito. Chega.E você nem sonha que eu sou meio bipolar, quero ser mãe e acredito no amor da vida. Acredito no amor pra sempre. Acredito em alma gêmea. Você nem sonha com essas coisas porque só conversamos coisas leves e engraçadas.Chega de ser a louquinha intensa. Maior legal transar e se divertir com a louquinha intensa, mas quem agüenta o tranco de me assumir, de me amar?
Ninguém. Chega.E eu corro no espelho de novo e repito cem vezes que não gosto de você. Não gosto de você. Não gosto de você. Porque se eu gostar de você, eu sei que você vai embora. E eu simplesmente não agüento mais ninguém indo embora. Porque nessa vida maluca só se dá bem quem ignora completamente a brevidade da vida e brinca de não estar nem aí para o amor. E eu preciso me dar bem e por isso ignoro minha urgência pelo amor. Porque, se você sentir urgência em mim, vai é correr urgente daqui. Chega.E você implora pra gente finalmente transar. Já é a sexta vez que você vem aqui. E eu quero muito. Muito. Porque você tem a voz mansinha e só fala coisa inteligente. E você é cínico sem ser maldoso. Mas não, não. Estou morrendo de vontade de ser eu, mas ser eu só tem me feito perder e perder. E eu quero ganhar. Só dessa vez. Chega.E eu quero me dar de bandeja pra você. E dentro de mim uma voz diz: enlouquece. Vive um dia e já está bom. Depois eu demoro semanas pra me levantar, mas pelo menos fui intensa e vivi um dia. Mas não agüento mais nada disso. Quero viver uma história. Por isso dessa vez não vou transar e nem gostar de você. Tchau. Peço pra você ir embora. E você jura que eu não estou nem aí pra você. Melhor assim. Dessa vez quero fazer tudo certo. Chega de fazer tudo errado. E eu te espio da janela, indo embora. E quero berrar o quanto gosto de você.E te pedir em namoro. E rasgar sua roupa. E te comer. E dormir enroscada no seu cabelo. E te mandar flores amanhã. E mais uma vez agir como um homem. Mas eu cansei de ser homem. Chega de usar o homem que eu não sou pra ferrar comigo. Eu sou menina. E meninas só transam depois do sexto encontro. Ou depois que o cara fala que gosta delas. Dessa vez vai ser assim. Chega.E se você não se apaixonar por mim mesmo com todo esse teatro de moça banal que eu estou fazendo, vai ser a prova de que eu precisava pra saber que você realmente vale a pena. (T.B)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Mil e duas noites.

Esse texto aqui, tu nunca vai ver. Esse texto aqui é só mais um daqueles que eu escrevo tentando por pra fora o que fica me sufocando, me deixando louca, me dando dores musculares de tanto passar na cabeça. Esse texto aqui, eu queria muito que tu pudesse ler um dia. Esse texto aqui, tu não vai, nunca ler. Mas se tu pudesse ler, esse texto aqui seria só pra te dizer que foram duas, mas que eu queria que tivessem sido mil. E eu amei tudo. Não foi tua intençao ter sido só duas, e acho até desnecesario dizer que muito menos minha foi. O que aconteceu, aconteceu. Não foi nossa culpa, não tinha como saber. Mas aqui entre nós, eu queria que mesmo depois de ter ficado sabendo, tu continuasse acreditando na gente, tu continuasse dizendo todas aquelas coisas, e que a gente pudesse continuar indo comer batata frita com cheddar e caipirinha e ficar conversando até nos expulsarem de lá. Queria poder continuar rindo, gritando, cantando, conhecendo a tua vida e me apaixonando cada minuto mais por ela. A vida perfeitinha de menino certinho, que liga pra mãe pra dizer que não vai chegar em casa cedo e que toma agua quando vai dirigir. Se não fosse pedir muito, queria que tu não fosse tão certinho. Assim quem sabe a gente ia aproveitar mais e se preucupar menos. Assim quem sabe, a gente teria até mais do que mil. Queria não ter coicidencias contigo, ou no minimo não ter te contado tão rapido a coicidencia que fez com que fossem só duas. Eu fui tão burra, nem deixei um tempinho pra tentar fazer tu se apaixonar por mim tambem e ligar o foda-se para as coicidencias infelizes. Ou quem sabe tenha sido melhor assim tambem, a gente supera relevando o tempo que durou. Daqui a dois dias vou estar em outra. Mas não vai ter a mesma graça, não mesmo. Eu queria teu corpo, não outro. Ainda não passou dois dias, eu ainda quero teu corpo. Quero teus elogios, quero tua timidez, quero batata frita com cheddar, quero voltas malucas de carro pela cidade, quero planos sem chance se serem concretizados, quero mensagens dizendo que passou o dia que nem zumbi no trabalho só pensando em mim, quero ligações de boa noite. E, mais do que tudo, eu quero que aquela merda de coicidencia filha da puta suma das nossas vidas. Eu bem que te avisei, eu bem que me avisei tambem. Porque tu acha que eu demorei quatro horas e meia pra te dar o primeiro beijo da noite? Por isso sabe, por estar cansada de relacionamentos curtos. Mas tu fez eu acreditar em ti, e até que cumpriu tudo que disse que ia fazer. Mas no fim foi igual a todos os outros. Não, não foi igual. Dessa vez existe a chance de tu ter falado a verdade, de a gente realmente ter dado certo. Eu me agarro nessa chance com toda a força que eu posso. Mas que eu te disse, eu te disse. Eu disse que era traumatizada, que não queria ficar com ninguem, que sempre acabava acontecendo alguma merda pra estragar tudo que foi perfeito no inicio. É, aconteceu. Que eu nunca me engano, isso eu já sabia. Só não esperava que fosse pelo motivo que foi, um motivo tão idiota se parar bem pra analisar a situação, um motivo que se a gente vivesse dentro de um filme, certamente iriamos superar juntos. Odeio Porto Alegre. Odeio, odeio, odeio. Cada dia tenho um novo motivo pra me mandar de vez daqui (isso tinha que estar citado em alguma parte do texto.). Não deu certo, não foi nossa culpa, não tinhamos como saber, a culpa é da cidade e vamos continuar sendo amigos. Mas, se tu pudesse ler aqui, eu só queria te agradecer. Pela primeira noite perfeita, por ter sido tão educadinho, pelas lembranças deixadas, tudo, tudo. Eu amei tudo. Eu já amava tudo, e tu adivinhou e fez que a tua presença deixasse melhor ainda. As risadas, as conversas interminaveis, as voltas, os olhos verdes lindos, e mais do que qualquer coisa, teu abraço grande e confortavel, onde eu pude descansar por minutos dignos de ser congelados. Esperança e carinho, mesmo por duas noites e dois dias foram o auge. Eu só queria te dizer isso. Isso e tantas outras coisas, que não vão chegar nem perto dos teus olhos verdes, que eu queria tanto que estivesem me enxergando agora...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sem paciência pra titulo

Um dia, em um futuro não muito distante, tu vai estar sozinho. Não que tu não já seja totalmente sozinho. Mas vai chegar o dia em que tu vai estar deitado na tua cama, vai fechar os olhos e tudo vai estar negro, então tu vai perceber o quanto esta só. Vai pegar o celular e todos aqueles milhões de numeros da tua agenda passarão claramente na tua frente e tu vai ver que não tem nenhum numero mais pra discar. Ninguem que atenderia o telefone só pra conversar, só pra falar merda por uma hora e fazer o mundo parecer menos chato. Talvez tu até tente ligar pra um ou dois amigos, aqueles de sempre. E dai eles vão vir com aquelas conversinhas vazias de sempre, tu vai fingir que esta super interessado nas conversinhas vazias de sempre, depois de 5 minutos vai desligar e ver como é triste essa tua vida de gente falsa e interesseira. E tu vai sentir vontade de gritar chamando alguem pra te fazer companhia, mas não vai haver ninguem solidário o bastante pra largar tudo e sair correndo só pra te dar um abraço demorado e te colocar no colo e ficar mexendo no teu cabelo até fazer o mundo parar de girar e tu se sentir quietinho e confortavel. Não vai ter ninguem pra ouvir o teu choro infantil com toda a paciencia do mundo. Ninguem vai estar nem ai se teus pais foram maus contigo, se tua infancia não foi tao boa assim, ou se tu tem traumas por ter sido gordinho.E sei lá, talvez tu tenha vontade de assistir um filme, ou mostrar pra alguem algum dos filmes que tu gosta, quem sabe até mesmo fazer uma lista de todos os filmes legais que tu quer mostrar. Mas não, não vai ter um só corpo que queria fazer isso. Dai tu vai perceber que só uma pessoa é legal o suficiente pra fazer coisas tão legais pra ti. E tu vai sentir vontade de sair da cama, ir pra algum lugar inesperado, fazer alguma coisa totalmente aleatória mas vai desistir da idéia algum tempo depois, depois de lembrar que tu está sozinho. Que ninguem tem vontade de verdade de sair contigo. Que na verdade tu é chato, e que, se não for por algum interesse da outra parte, tu vai ter que sair com o teu cachorro mesmo, já que ele nem sequer ouve o que tu diz e é o unico que fica feliz só em te ver. Talvez tu até saia, se encontre com algumas pessoas ridiculas que falam mal de ti quando tu vira as costas. Que gostam de pedir as coisas mas vivem falando por ai que te acham um mongolão. Dai tu vai pensar em alguma coisa engraçada, vai querer fazer piada sobre alguma coisa, ou fazer algum comentario sarcastico sobre alguem. Mas vai guardar pra ti. Porque tu sabe que ninguem vai rir, porque sabe que todo mundo vai achar idiota e desnecessario. E, porque tu sabe que só uma pessoa no mundo ria contigo um riso verdadeiro. E porque lá no fundo tu sabe que só existiu uma pessoa nessa cidade chata com quem tu podia falar o que quisesse sem medo algum. E tu vai querer fazer tantas, mas tantas coisas e não vai poder fazer nenhuma. E vai ligar o rádio e só são ter algumas musicas se repitindo: as nossas. E nesse momento, quando tu te ver perdido, sem ninguem que te entenda de verdade, dai, talvez, virão subitas memórias de nós. A minha preucupação, meus beijos, meus abraços, minha risada e até a minha vergonha de pegar onibus. E um novo momento vai surgir. O momento em que tu vai sentir uma angustia no peito terrivel, e vai desejar com cada pedacinho da tua alma o nosso mundo delicioso de volta. Vai querer com cada pingo dolorido da bile do teu figado a nossa vida de volta. E dai, dai sim vai ser triste. Lamento te dizer mas o nome de tudo isso vai ser saudade. Aquilo que eu tinha tanto, aquilo que inclusive cheguei a te falar algumas vezes e tu se achou bom depois pra dizer pra mim que tambem tinha. E quando tu finalmente discar o meu numero, ele vai estar ocupado demais com tantas outras ligações mais importantes, ou nem vai mais ser o mesmo, ou até mesmo que eu nem vou mais querer te atender. E quando tu tentar me encontrar, vai ver que eu estou longe demais em outra nova vida. E então os teus olhos vão te ensinar o que são lagrimas de verdade, aquelas que chegam a arder quando caem, aquelas que tu me viu derramar quando tu prefeiriu negar a verdade e viver a vida que teus amigos, que nem gostam de ti de verdade, queriam pra ti. E o nome do enjoo terrivel que tu vai sentir vai se chamar arrependimento, e a falta de apetite vai se chamar remorso. E então, quando mais dias se passarem, e eu continuar sem te querer, quando nada mais de bom de acontecer, quando tu perceber o quanto a tua vida é sem graça e vazia, e ninguem mais te olhar com os meus olhos encantados tu vai encontrar a tão famosa solidão. Apartir daí, o que vai acontecer é surpresa. E provavelmente o remédio para todas essas coisas acima... vai ser o tal te tempo que tu tanto gosta de falar. E ah, boa sorte, sinceramente, tu vai precisar.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

California Guy.

- I want you. You know what this mean?
- Of course I know. And...what a coincedence 'cause i think i want you too.



(...)






sexta-feira, 10 de julho de 2009

Happy end

Tres meses solteira, depois de dois anos estando sempre namorando, dois invernos acompanhada e agora eu achando um absurdo total ter que passar esse inverno morrendo de frio sem ninguem pra me abraçar e me levar pra baixo das cobertas. Alias, achando um absurdo eu ter isso quase sempre, mas nunca durar mais de quatro horas. Tres meses inteirinhos recheados de frases do tipo " eu não aguento mais", "eu odeio ficar sozinha", "eu me odeio", "não sei viver sem um namorado", e , a mais equivocada de todas: "ESSA É A PIOR FASE DA MINHA VIDA". E coitados dos meus amigos né, que tinham que ficar ouvindo isso e me mandar calar a boca 15 vezes por dia. Coitado dos meus amigos e amigas que faziam de tudo pra fazer eu tentar ver o lado bom das coisas, e sempre fracassaram e acabavam por desistir mesmo.Tudo que eu queria era que meu final feliz chegasse logo. Eu procurava, procurava e só acabava me enterrando na merda cada vez mais. Todo cara que eu via, passava umas 4h junto, já achava que era um futuro namorado em potencial. Eu achava que a minha felicidade estaria guardada nas mãos de algum homem, qualquer que fosse. E eles, é claro, percebiam o meu desespero, e me tornavam mais desesperada ainda quando desapareciam no dia seguinte. E parecia ser um ciclo sem fim isso, cara legal+ casa do cara legal+ desespero +desaparecimento no dia seguinte = uma garotinha cada vez mais desesperada. É claro, porque se meu final feliz não estava nas mãos de alguem, onde mais é que ele iria estar? Eu não queria lutar com a realidade cruel de que o meu final feliz só dependia unica e exclusivamente da unica pessoa que poderia me amar de verdade: eu mesma. Mas, até algumas semanas atras, era mais facil eu me esconder de mim e tentar me encontrar nos braços de qualquer idiota. E por culpa disso, eu sempre dei uma de ridicula. Não sei porque, mas algo em mim me diz que todos os caras com que eu sai nesses ultimos tempos, ficaram com o ego lá na puta que pariu e me acharam uma completa retardada e, no minimo, maluca. Mas não reclamo, eu dei muita razão pra isso. Eu fiquei vendo amor em cada gesto, fiquei vendo amor em cada olhar, fiquei vendo amor em cada gentileza, em cada carona, em cada cama. Quando no fundo, não era amor. Era o mais puro e frio tesão. E só. Tive que passar por tudo isso, pra hoje poder dizer que eu, concerteza, estou vivendo a MELHOR fase da minha vida até agora. Eu posso até não ter achado o cara dos meus sonhos em todas essas noites que sai sozinha em busca de um, mas, eu me diverti, fiz varios amigos/as e posso dizer que em 3 meses tenho muito mais historia pra contar do que em dois anos. E esse inverno, pode até ser o mais frio de todos os tempos, mas concerteza tambem é o mais divertido.Eu posso até ter passado por louca, bebada, puta, vagabunada, idiota. Mas a questão é que eu to cagando e andando pra isso tudo agora. Pior é alguem nunca se apaixonar. Prefiro me apaixonar uma vez por semana e sofer o que eu geralmente sofro quadno vejo que sou a uniac apaixonada do que viver na apatia de não se apaixonar nunca, de ficar por ficar e comer por comer. E quer saber? Talvez meu final feliz não esteja naquilo que eu espero sempre, no amor a primeira vista, na exceção a regra, na reviravolta no terceiro ato ou na declaração de amor inesperada. Eu coloquei tanto o meu final feliz nas mãos deles, que esqueci de diferenciar quando estou sendo a exceção e quando eu estou sendo a regra (nunca, mas enfim). Eu me foquei tanto em encontrar alguem que esqueci de diferenciar quem me quer de quem não me quer, quem vai ficar e quem vai me deixar. E, eu acho mesmo que o meu final feliz não inclui nenhum cara incrivel. Talvez meu final feliz seja simplismente eu, sozinha, recolhendo os caquinhos e recomeçando. Ficando livre para algo melhor no futuro. Talvez o final feliz seja só seguir em frente. E ficar extremamente feliz de que, mesmo com as ligações sem retorno, as promessas nunca cumpridas e o coração partido, mesmo com todos os erros estúpidos, com toda a vergonha e constrangimento de parecer meio desesperada, eu nunca, mas nunca mesmo, perdi a esperança.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Muito e porra nenhuma

Pô, faz um tempão que eu não escrevo nada aqui. Ando com uma falta de inspiração sem noção assim. De tanto não ter o que falar, resolvi escrever sobre a falta do que dizer. Ok, mentira, eu até teria sobre o que falar, tive várias outras decepções ao longo das semanas,decepções com pessoas, decepções comigo mesmo (varias, inclusive) paixões de uma semana, relacionamentos de algumas horas, fucking crazy partys, descobertas no minimo intrigantes, dias maravilhosos ao lado de amigas maravilhosas, o achado de uma segunda familia, viagens, programação de mais viagens pra agora e coisas meio bizarras de eu citar até para mim mesma. E o incrivel é que antes de eu parar, as 3 e meia da manhã, pra escrever isso, nem eu tinha percebido quantas coisas me aconteceram nesse tempo que não me pronunciei. Continuo andando com o meu caderninho e caneta, pra quando acontecer alguma coisa eu anotar o que me veio na cabeça e transformar em um texto depois aqui. Mas, as paginas dele estão em branco. Não consegui escrever nada, pensei taaanta coisa que acabei não escrevendo nada. Alias, quase tudo comigo é assim, de tanto ter o que dizer acabo ficando quieta, de tanto ser frágil dou a impressão de não estar nem ai, de tanto medo de ficar sozinha eu recuso companhia, de tanto se legal acabo assustando e parecendo ser estranha só, de tanto querer escrever e colocar pra fora tudo isso acumulado no meu cerebro, figado e coração eu deixo as linhas em branco. E assim vai, tudo na minha vida vai indo e indo. E ir, não necesariamente, significa evoluir. E dai, de tanto ir, começa a vir. De tanto vir, volta. E volta tudo denovo sempre. Quando penso que eu aprendi a lição, pof, lá estou eu pra cagar tudo de novo. "Juro pra mim mesma nunca mais fazer isso comigo mesma" haha, espera uma ou duas semaninhas pra ver se eu não fiz denovo. Mas tudoo bem, a psicologia explica, processo de auto sabotagem é o nome disso. Pelo menos, não estou sozinha no mundo nesse quesito, existem até livros sobre o assunto. Ufa.E o vazio hein, o que fazer com esse vazio que eu sinto? To tentando apelar pra tudo pra passar e não passa. Não passa nunca mas quase semre passa, pelo menos uma vez por dia. E dai eu tento escrever, tento escrever sobre o que eu to sentindo, sabendo que o que eu to sentindo é inexplicavel. Mas e dai? Eu não escrevo pra ninguem, não escrevo com segundas intenções, não escrevo pra ninguem ver, não escrevo nada aqui de proposito, não falo mentiras, aqui não tem entrelinhas, metáforas, indiretas nem diretas. Escrevo porque escrevo, porque me faz bem. A pior coisa que deve ter deve ser escrever só pra tal pessoa ver. Escrever sem sentimento de verdade, escrever por escrever, com toda a segunda, terceira e quarta intenção do mundo. Escrever pra se achar legal, sem nem saber direito o que dizer simplismente porque não tem o que dizer, são só um mont de palavras amontoadas fazendo o menor sentido. Maltratando assim a escrita e fazendo perder todo o sentindo de parar tudo que ta fazendo pra colocar algumas palavras no papel, no bloco de notas, no word ou sei lá onde. Mas enfim, e esse vazio que eu to sentindo hein, vai passar quando mesmo? Por favor, alguem me sacode e grita bem alto no meu ouvido que não existe vazio porra nenhuma, que a vida é linda e que fazer drama já virou patético? Mas por enquanto, eu só peço a minha inspiração de volta, só isso e já ta bom. Sempre fui de me contentar com pouco mesmo.

domingo, 21 de junho de 2009

O que não deveria dizer

Fazia frio naquele dia e cada pelinho do braço, da nuca, das bochechas se arrepiavam. Fazia tanto frio que ficava difícil não pensar nas coisas que eram quentes, mas que de mornas gelaram num segundo no meio do caos de todo dia, no meio da confusão que estava tão organizada na minha vida há tanto tempo.
Fiquei pensando em quantas vezes eu mudei de expressão, quantas vezes precisava de lágrimas para aliviar, mas me vieram sorrisos para fingir estar tudo bem, para eu mesma acreditar que sim, estava. Quantas vezes era coração mas eu ficava repetindo o mantra de quem se faz de moderna, de quem se perdeu no caminho e acabou se contentado com as coisas que achou pela estrada. A minha estrada tão tumultuada, tanto trânsito, tanto sol do meio dia, com tantas desilusões e tantas vontades que ficavam lá no final dela, esperando eu conseguir chegar.
Todas as mãos dadas juntas não serviam para a mão estendida que eu pedi na hora em que eu precisava, e eu juro que eu ainda precisava de você naquele dia que você resolveu não estar mais aqui. Eu deveria me sentir sem nada porque eu não tinha mais você, mas tudo o que eu conseguia sentir era medo de nunca mais ter ninguém por ter amargado muito e perdido a medida. Medo de não querer mais absolutamente nada perto da nossa cumplicidade que eu achava ser de verdade, mas não era. Medo de apostar de novo em tantas coisas que depois, não seriam.
Eu acreditei tanto em você. E o maior motivo da minha crença não eram as nossas risadas, os nossos carinhos, as nossas tardes de conchinha, as nossas noites de gordinhos, os nossos programas de índio, as nossas viagens de improviso, os nossos segredos contados pelos olhos, as nossas descobertas, o nosso amor. Nada disso era o meu maior motivo. Nenhuma briga resolvida, nenhum ciúme infundado, nenhuma discussão com final feliz, nenhuma manha de menina mimada, nenhuma pessoa que tentou atravessar nosso caminho e não conseguiu. Não era isso que me dava certeza de você. Eu acreditava em você, porque você foi a primeira pessoa que me fez acreditar em mim.
Mas você foi embora pra mostrar que as coisas especiais não eram só minhas e não seriam só da próxima também. O seu medo de amar alguém completamente só era vencido pelo seu medo de ficar sem amar ninguém. E isso você não fazia, nunca vai fazer.
Meu subconsciente não entendeu muito bem e você aparece noite sim, noite não para assombrar as expectativas de futuro e remexer no que acabou mas está bem mal resolvido. A dúvida da rejeição passa pelas frestas largas da minha certeza que já foi e voltou tantas vezes que nem eu mesma consigo mais dar crédito. Você foi o filho da puta e quem ficou sem perspectiva fui eu. Tão ridículo fazer a coitadinha, mas tão injusto eu me sentir assim por você.
E me perguntam em tom de casualidade e com certo olhar de piedade por que diabos você, de uma hora pra outra, resolveu ser assim, tão cuzão. Eu respiro fundo e penso comigo: é, eu também não sei.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

ainda me jogo no ganges

5 e meia da manhã de quarta feira e a idiota aqui sentada no postinho da plinio, tomando uma pepsi e comendo um chocolate pra ver se passava a bebedeira. Tudo pra esperar chegar as 8 da manhã, quando eu poderia ir pra tua casa dormir quentinha contigo porque tua mãe não estaria mais lá (ela me odeia.). Tudo pra poder chegar logo a hora mais esperada da minha noite. Eu tava esperando aquilo a tanto tempo, tava esperando a horas, a dias, a semanas, tu sabe. Se não sabe deveria imaginar pelo menos. Eu tinha tido uma daquelas noites bem típicas minhas. Nada pra fazer, resolvi ir em um bar ai sozinha conhecer gente nova. E conheci. Conheci gente muito legal, conheci gente escrota, fiz jus a frase 'você é a sua melhor companhia', dancei horrores, fumei até abrir um buraco no meu pulmão, bebi até ficar bem tontinha, aloprei como sempre. No fim da noite acho que já quase todo mundo sabia quem eu era. Mas cada dança, cada tragada, cada gole, tudo era tu. Eu só pensava em ti. Queria te ver. Lei da atração em ação: ele vai aparecer aqui, ele vai aparecer, aqui, ele vai aparecer aqui.E não é que tu apareceu? Ali, sentadinho no bar, com os teus amigos idiotas. Que sairam quando eu apareci porque sabiam que a gente precisava conversar. Peguei mais uma bebida, mas dessa vez uma agua sem gas. E conversamos. Até que eu me enchi o saco e fui embora. Sou assim mesmo, não aguento discussão de relacionamento quando nem relacionamento a gente tem. Mas poxa vida, eu só pensava em ti. Não tava dando certo aquela situação. E lá vai mais uma vez o amor própio pro ralo mais sujo do banheiro mais imundo da rua mais podre: Oi, posso dormir ai contigo ?Não devia ser assiM. Tu foi mau comigo. Tu continua sendo mau comigo. Mas, por alguma razão, eu não consigo dizer não pra ti. "coça minhas costas?", "faz carinho na minha barriga?", "faz isso, faz aquilo". Eu deveria dizer que não. Na verdade, primeiro eu digo, mas depois eu não resisto. Porque, sei lá, eu gosto de fazer carinho em ti. Estar contigo é tudo que vale a pena sempre na minha semana idiotinha. E os bebes gatos mais lindos (depois dos meus), os olhos verdes, os travesseiros no pé, a cama mais confortavel do mundo. Tudo devolta. Por algumas horas. Mas, as melhores horas. Que compensam tudo, compensam aquelas coisas que tu me disse, aquilo que tu me fez, e tudo aquilo de mau que eu SEI que tu ainda vai fazer. E tu não nega. Mas continua dizendo daquele jeito bonitinho 'para com esse teto', essa frase que me da cinco raivas de ti mas ao mesmo tempo me faz querer te apertar pra nunca mais largar. Porque tu tem que ser assim hein? Me deixar nesse estado que nem sei mais o que dizer. Tinha prometido pra mim mesma não postar letras de musica aqui, acho meio que falta de criatividade. Mas tu mudou tanta coisa na minha vida que eu acho que mais essa não vai fazer diferença. Só porque ela é tudo que eu queria te dizer agora mas com as minhas próprias palavras não da, eu deixo tudo sempre muito confuso sempre. sempre.
"Under your spell again, I can't say no to you. Shouldn't have let you torture me so sweetly. Now I can't let go of this dreamI can't breathe but I feel good enough. I feel good enough for you. Drink up sweet decadence. I can't say no to you. And I've completely lost myself and I don't mind. I can't say no to you. Shouldn't let you conquer me completely. Now I can't let go of this dream. Can't believe that I feel good enough. I feel good enough. It's been such a long time coming, but I feel goodAnd I'm still waiting for the rain to fall. Pour real life down on me. Cause I can't hold on to anything this good enoughAm I good enough for you to love me too? So take care what you ask of me Cause I can't say no...."

domingo, 14 de junho de 2009

i can only feel gratitude




I guess I could be pretty pissed off about what happened to me... but it's hard to stay mad, when there's so much beauty in the world. Sometimes I feel like I'm seeing it all at once, and it's too much, my heart fills up like a balloon that's about to burst... And then I remember to relax, and stop trying to hold on to it, and then it flows through me like rain and I can't feel anything but gratitude for every single moment of my stupid little life.


Não podia ser mais exatamente o que eu sinto nesse momento.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

terça-feira, 9 de junho de 2009

sagitariana até os ossos

Af, maldito signo de sagitario. Odeio sempre ser superultramegahipermaster³ exagerada e odeio sempre ferir o meu orgulho por pouco, muito pouco, quase nadinha.O que eu não consigo entender é porque eu insisto em falar as coisas sem pensar, insisto em exagerar, em dizer coisas que eu nem tenho certeza se é isso mesmo que eu to sentindo. Tudo pra criar um drama básico. Tudo porque eu tenho mania de achar que a minha vida é um filme. Onde eu vou dizer tudo que eu to sentindo, sem dar valor a expressão 'amor próprio'e, então, tudo vai dar certo. Que nem em um filme. Idéia idiota essa. É claro que as coisas não são assim. Por mais que eu deixe meu orgulho inteirinho de lado, por mais que eu exprima tudo que eu (acho) que to sentindo e fale todas aquelas frases que eu guardei durante meses e jurei nunca falar e ainda, abrace ele como se todo o amor do mundo coubesse no meio daqueles braços, eu tenho que admitir: a vida não é um filme. Vou ser insistente nisso pra ver se entra aqui no meu doentinho da cabeça. Não da pra esquecer o que passou. Perdoei, óbvio, mas esquecer? Jamais meu bem, jamais. Por algumas horas pareceu tudo certo, pareceu que nós realmente deviamos ficar juntos, que era o correto a se fazer, analisando a seguinte situação: eu amo você, você me ama, vamos fugir do mundo. Mas, como eu disse, isso foi por algumas horas. Tres horas no maximo, as em que ficamos juntos, e mais as duas horas que eu fiquei tentando dormir enquanto pensava só em ti. Agora...porque eu fiz aquilo? Porque eu mais uma vez não resisti aos teus beijos e teus abraços e apertos? Porque eu, mais uma vez, disse o que não era pra dizer e porque eu, mais uma vez, levei teu ego lá pra cima? Eu não preciso disso. Modéstia a parte, eu sou loira, alta, magra, tenho peito e bunda na medida certa, faço a unha e sobrancelha toda a semana, sei me vestir bem sem ser vulgar, danço funk até o chão, sou super engraçada e tenho bastante assunto. Quer saber mesmo? Chove caras atras de mim. Todos os dias. Eu não fico um dia se quer sem receber um scrap sendo convidada pra sair, uma mensagem de texto no celular, uma ligação, um depoimento ou uma trova no msn. Nas festas todas as minhas amigas ficam com inveja de mim porque eu sou, obviamente, a mais disputada. Todos os homens sabem que é dificil encontrar uma mulher igual a mim e nenhum quer perder a chance. E quer saber? Eu posso estar parecendo me achar o maximo agora, mas a verdade é que eu nem me acho. Não sou de tirar vantagem. Os homens correm atras de mim, mas eu nem to. Não é de homem que eu preciso nessa momento. Terminei meu namoro em duas semanas porque vi que não era isso que eu queria, eu queria algo a mais. Se eu estou sozinha (quer dizer, solteira) é porque eu quero. Porque estou feliz assim. Desligo o celular na cara mesmo, não quero que o cara que eu conheci na festa da noite anterior venha querendo algo a mais. Eu me viro bem sozinha, eu não quero e não dependo de ninguem, eu me banco sozinha, eu me banco com o coração, eu gosto da liberdadade de não dever satisfação pra ninguem nesse mundo, só pra minha mãe as vezes quando ela resolve surtar.E dia dois de julho que se foda, a decisão não é somente tua, ela depende de mim tambem. Quem disse que eu vou querer? Quem disse que eu não me arrependi de tudo que disse e quis mais do que tudo não ter nascido sagitariana? Quem disse que eu acredito que tu mudou? Porque a mudança tem que partir dos dois lados, e não somente de um, já que os dois são errantes. Assim, de verdade, alguem que tem as suas opniões formadas pelas opniões dos amigos não me interessa. Quero alguem que saiba pensar por si proprio. Alguem que saiba deixar o orgulho de lado e admitir que a vida é curta e que nós temos que aproveitar ela com quem amamos, tentando perdoar o passado e acreditando em um futuro melhor. Alguem que só olha pra tras não faz meu tipo. Alguem que diz que me ama, diz que só eu mexo com ele daquele jeito, que admite que tem saudades, alguem que fica encostando o tico na minha perna pra depois dizer 'estou só aproveitando o momento', só porque os amigos suuper legais não vão achar ele legal, esse alguem, não me merece. Alguem que prefere ser descolado do que humano, defintivamente, não faz parte dos meus planos futuros. A não ser que esse alguem venha e me diga que não é assim, e me explique o que ta acontecendo de verdade. Se não for assim, não muito obrigada, descarto essa possibilidade. A gente se reconheceu de longa data quando nos vimos pela primeira vez. Mas se tu não souber ser humano o suficiente pra admitir isso, então já não sei mais o que pensar. Te amo, talvez pra sempre, mas nem por isso deixo de viver a minha vida. Não preciso de ti nem pra caminhar e nem para ser feliz, mas como seria bom caminhar e ser feliz ao teu lado. (entenda como quiser.) (22 dias?)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

segunda, 16h.

"(...) Em menos de dez minutos você se lembra de tudo. Você se lembra o motivo ou os motivos que fizeram tudo se perder. E você se lembra que não é culpado e que, talvez, os outros também não sejam. Assim é a vida. Você se lembra que o grande amor da sua vida. O maior. Aquele que você nunca superou. É o tipo da pessoa que faz questão de ficar a noite inteira longe de você só porque acha charmoso ficar longe de você e não porque queira ficar longe de você. Ele prefere ser descolado do que humano. E você lembra daquela sensação que sentia ao lado dele. De solidão profunda. E você percebe que a vida dele, que você tanto colocou no pedestal, pode ser um pouco boba ou até mesmo triste. Com carros que correm para esbanjar uma grana gasta com coisas sem amor, bilhetes de reclamação de barulho, filmes onde cunhadas se comem e amigos que ligam na madrugada achando que puteiro pode ser uma opção legal. Em minutos você entende como ninguém o que te trouxe até aqui, tão longe dele. Me senti visitando meu próprio cemitério. Com amigos e amores mortos e enterrados. Pessoas que a gente desenterra de vez em quando pra ter certeza que fizemos a melhor escolha enterrando elas. Pessoas que a gente lamenta a distância, afinal, já foram tão importantes e...será que não dá para começar tudo de novo e tentar acertar dessa vez? Pessoas que a gente tenta se agarrar para não sentir que a vida caminha para frente e isso significa, ainda que muito filosoficamente, que um dia vamos morrer. Nossos amigos vão ficando para trás, nossos amores, nossos empregos, casas...um dia seremos nós a desaparecer. Mas a lição que eu aprendi no sábado é que não vale a pena consertar um carro pela décima vez. É mais fácil comprar um novo e fim de papo. Afinal, eu bem que tentei consertar meu relacionamento com todas essas pessoas e só ganhei mais e mais poses e menos e menos verdades. Ainda que doa deixar pessoas morrerem, se agarrar a elas é viver mal assombrado." (Tati Bernardi)

domingo, 31 de maio de 2009

30 maio

Hoje assim, sem mais nem menos, vai fazer exatamente um ano desde a segunda vez que eu te beijei. Isso mesmo, segunda vez, sou boa em datas. Você, provavelmente, não deve nem se lembrar disso. Essa hora deve estar com alguma dessas guriazinhas feias, infantis, sem graça e principalmente sem assunto que você acha o maximo. Mas não é como se eu me importasse muito, acho muitissimo idiota só. Mas é que hoje faz um ano sabe, e datas me deixam sentimetal. Quase nem me lembro mais de você, nunca mais fiquei triste, nuunca mais chorei, deve fazer mais de um mes que não entro no seu orkut e nunca mais fiz de você meu assunto principal na terapia. Porque por favor né, minha vida é bem melhor e mais interessante do que isso. Mas é que hoje, hoje, justamente hoje, faz um ano. E acho que vou sempre ficar assim em datas que marcaram algo em nossas vidas. Sei lá, lembrar de como a gente era feliz e agora não é mais nada. Como eu vivia em uma falsa felicidade feita de plástico. E como eu gostava de tanta falsidade. E como hoje eu vejo que muito melhor é viver na realidade, por pior ou melhor que ela seja.A um ano atras, a essa hora, eu lembro bem, estavamos os dois na festa mais ridicula de Porto Alegre. Cheguei antes e fiquei te procurando. Te vi mas depois tu desapareceu. Quando nos vimos denovo simplismente nos agarramos como se não tivesse mais ninguem ali, como se toda aquela piazada ridicula tivesse desaparecido, como se aquele lugar não estivesse lotado e como se ninguem estivesse nos empurrando pra fora dali. E foi lindo. Passamos o resto da noite rindo. Era como eu já te conhecesse a anos, não tive vergonha. Nunca em toda minha vida eu tinha falado tanta merda pra alguem que eu conhecia a tão pouco tempo e nunca, em toda minha vida, alguem tinha entendido de verdade todas aquelas merdas e rido comigo, e falado mais merda ainda. Eu te amei desde aquela noite. Eu queria ter aquela noite pra sempre. Se um duende aparece aqui no meu quarto agora e dissese que eu tinha um pedido eu iria pedir que todas as noites fossem que nem aquela. Mesmo que estivesse frio pra caralho, e eu odeio frio. Será que tu consegue entender o tamanho disso? Tu fez a noite mais fria do ano, com as pessoas mais chatas da cidade, ser a noite mais legal. Como isso meu deus, como? E foi por isso que eu te amei. Te amei a exatamente um ano atras. E como me dói pensar que hoje tambem tava muuito frio, e eu tive uma noite muuito legal, mas não foi contigo. A não muito tempo atras, eu jurava que hoje, nessa data, estariamos os dois embaixo do coBERtor, comendo massa e tomando vinho, vendo algum filme da nossa lista de filmes pra ver juntos e lembrando dessa mesma noite a exatamente um ano atras. Mas, infelizmente ou muito felizmente não é o que aconteceu. Mas, pensando por outro lado. É isso que faz a vida um mistério, essa coisa de não saber a noite de amanhã. Tudo muda. Pessoas mudam, relacionamentos mudam, ciclos se iniciam e se fecham. E não ha nada que a gente possa fazer sobre isso, nada. Te amei sim, e muito, mais do que pensei que suportaria amar alguem. E por isso eu vou ser sempre grata, seja dentro de um ano ou dez.Mas agora chega. Pronto, meia noite agora, passou. Graças a deus. Não é mais nosso aniversario de segunda vez e, pra te falar a verdade, eu já não sofro mais o nosso fim e as nossas datas faz tempo. E a proxima data é só em agosto, então tenho bastante tempo pra me prencher com muitas outras coisas e quando chegar o dia, eu talvez, nem me lembrar que chegou.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

fazer o que.

Agora, nesse segundo que corri aqui pra te escrever, nesse momento não existe essa coisa de dia e de dois meses exatos. Existe só que vamos todos morrer então pra que mesmo o orgulho de sair ileso mais um dia. Mais um dia ileso. Como se não fosse cheios de feridas que raspamos com as costas das mãos as nossas roupas de guerra e dormimos em paz. Outro dia tive uma ideia. A cada onze dias, perto das onze horas da noite, eu chegaria sem dizer nada e você também não poderia dizer nada. E então a gente só ficaria se lambendo um pouco. E aqui não tem nada de erótico não, é bonito isso que eu quero dizer. E depois acabava mesmo. E a cada onze dias de novo. E isso seria um contrato já que meu doentinho daqui da cabeça quer tanto. Pro resto da vida. E tudo bem pra você, vai. Sim, seria um contrato, mas olha que maravilha os outros onze dias sem nada. E seria só por uma hora. Então, tudo bem. Acho que você assinaria. Hoje eu estava no estacionamento do aeroporto e fiquei seguindo as plaquinhas de saída e vi que é isso que faço melhor do que ninguém. São tantas as coisas que eu queria te falar e contar. E eu sigo fantasiando que você entende tudo e melhor que todo mundo. E isso acaba comigo mas, ao mesmo tempo, me tira um pouco da chatice burra e apática de sempre. E então, me vem a ideia de realmente te contar as coisas. E por isso escrevo. Porque se você entra aqui pra ler é você que, com todo o meu amor que você nem imagina, consegue sentir como sendo seu. E então é mesmo essa coisa maluca de eu me livrar do que eu nem sei se sinto pra você, sem nem saber se sente, sentir o que já estava aí esse tempo todo. A troca do absurdo. Nisso trocamos. O absurdo.
São, sei lá, duas e pouco da manhã. Passo boa parte de tudo sem doer, sem sentir tão forte. Às vezes nem parece que aconteceu. Mas o tempo todo, ainda, converso e te mostro tudo, o tempo todo. O tempo todo. O tempo todo. Não porque sou sozinha. Não porque era menos sozinha com você. Apenas porque apenas. O maior elogio que eu poderia fazer a uma pessoa era dizer assim: gosto de você além da minha imaginação, não porque aprendi a gostar, mas porque por mais que eu sonhe, você é ainda melhor que o sonho. Você é além da minha capacidade em te imaginar. E eu jamais te diria isso. Não posso te fazer esse elogio. Mas olha, ainda assim, olha eu aqui de novo. Porque você não é melhor que a minha imaginação, você não é melhor que a minha esperança, você, pra falar a verdade, é bem ruinzinho. Mas é isso. E eu mais uma vez preferindo não sair ilesa pra me sentir menos machucada. Você pode, a cada onze dias, ler um texto, a língua, brincar do não abismo, qualquer coisa, só ler, continuar assim, só ler, não me esquece, por favor. Eu nunca vou esquecer você. Eu não soube o que fazer com você, mas sei o que fazer com o não você. Isso eu sei fazer e faço bem. Lembrar que era terrível e incrível. Terrível, meu amor, como poucas (ou nenhuma) coisas foram. Mas absolutamente incrível.
E sim, é pra você mesmo. Não deveria ser, mas é.
( eu ainda, provavelmente, vou me arrepender de ter publicado isso.)

quarta-feira, 27 de maio de 2009

insonia

Dormi as 23h, acordei as 3h e não vou mais conseguir dormir hoje. Resolvi publicar os textos que me fizeram entender/superar/admitir a pior/melhor/mais esclarecedora fase da minha vida. and why not?

"(...)A verdade é que me enchi. De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia, o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame. Fico pensando como chegamos a esse ponto. Como nos permitimos deixar nosso amor acabar nesse estado, vendido e desconfiado. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Não quero mais nada que exista no mundo por sua interferência. Não quero mais rastros de você no meu banheiro. Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? O tédio a dois - essa é a minha parte no negócio? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando. Mas antes faço questão de te dizer três coisas.
Primeira: você não é tão interessante quanto pensa. Não mesmo. Tive bem mais decepções do que surpresas durante o tempo em que estivemos juntos.
Segunda: não vou sentir falta do teu corpo. Já tive melhores, posso ter novamente, provavelmente terei. Possivelmente ainda esta semana.
Terceira: fiquei com um certo nojo de você. Não sei por quê, mas sua lembrança, hoje, me dá asco. Quando eu quiser dar uma emagrecida, vou voltar a pensar em você por uns dias."