quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ultimos agradecimentos para aquele que já foi

Cospes palavras que talvez nem quisesses dizer. Mas cospes com vontade, assim, bem na minha cara. Xingas, me humilhas, maldizes o amor, a mim e desdizes todas as juras e tudo o que antes parecia bom. Mesmo assim eu te agradeço. Pois pelo teu cuspe assim espalhado por todos os meus poros, tive coragem de assumir discordar de ti e mesmo assim te dar razão. Não maldigo nossa história, mas nós dois seremos menos um.
Obrigada pelas malas tantas vezes feitas, desfeitas, refeitas, pela confusão que tuas roupas causaram em meu chão, minha cama, meu armário, em mim. Pela bagunça das tuas coisas que nunca se decidiam se ficavam ou não e agora que se foram, não poderiam estar melhores. Assim as minhas respiram. Lembrei o quanto era bom te ter daquele jeito, tão dentro das minhas paredes, e do quanto é melhor ainda ter-te tão longe de minhas portas, pois assim fico mais perto de mim. Teto, piso, janelas, frestas se enchem de mim mesma, coisa que já havia sido enterrada no jardim.
E já ia esquecendo também de agradecer-te pela dor. Porque ela me fez perceber o quanto sou forte. Pelo teu desprezo, que me fez descobrir o quão gigante sou perto de ti. Obrigada por me lembrar que existem outros tão ou mais interessantes que tu e que eu já nem mais enxergava. E pude até notar assim em mim e também ser notada, que sou tão ou mais interessante que tu. Eu que nem era mais eu, agora sou tão mais vida, mais sorriso, mais liberdade, mais leveza. Que tu me eras metade e quando te arrancaste de mim, pensava que levarias uma parte essencial minha, mas quase não causaste estrago.
O pedaço que deixaste me foi suficiente, bem mais saboroso. Tu levaste as mentiras, as traições, os gritos, as loucuras, a perda de tempo e me deixaste o prazer, a verdade, a doçura, a lealdade. Não me deixaste sequer arrependimento, pois da minha parte estava tudo em seu lugar. E não te enganes que serei como tu, a me vingar por aí pelo pouco que me deixaste. Porque só me fizeste crescer com tuas estupidezes, e só me deixaste na boca a vontade de morder mais uma vez a maçã, sem nem saber ser escolhi a certa. E começar tudo de novo, talvez até com mais entrega, agora que me deixaste a certeza de que eu é que era a melhor metade.
Se não for pedir muito, quero que guardes nossas fotos, pra te lembrar o quanto ainda vais demorar a ser tão feliz de novo. Espero um dia te dar um abraço desses que sufocam e te agradecer pelos bons momentos e principalmente pelos maus. Mas peço que não te arrependas jamais, que se não tivéssemos dividido eu não teria somado tanto.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

O teatro da moça banal

Dessa vez quero acertar, por isso combinei comigo que, apesar de estar morrendo por você, não gosto de você. Espero você tocar a campainha olhando o escuro pelo olho mágico. Meu coração dispara, mas eu mando ele parar. Estraguei todos os meus relacionamentos de tanto que meu coração dispara. Dessa vez quero acertar, dessa vez quero que alguém fique comigo ao menos um mês sem me achar louca. Cansei de sempre ser a garota louca que espanta todo mundo.Você tem cheiro de roupa limpinha com mente suja e eu quero te rasgar inteiro. Mas apenas te dou um beijinho no rosto. Preciso me comportar. Ser como as minhas amigas que se dão bem e arrumam namorados apaixonados. Há anos que eu rasgo os rapazes, enlouqueço, me apaixono, devoro. E termino sozinha no Espaço Unibanco, querendo morrer enquanto olho sem fome para o pacotinho com dez minipães de queijo.Chega. Dessa vez vou acertar. Não vou chorar na sua frente porque acho um absurdo estar viva, não vou pirar porque deu quatro da manhã e eu tenho a impressão de que a noite é uma coisa de pirar a cabeça. Não vou beijar sua nuca no meio da noite e gostar de você como naquela canção do Legião, que diz que é como se não houvesse amanhã. Eu gosto das pessoas pelo prazer de gostar e não porque deu tempo de gostar delas. E ninguém entende nada. E todo mundo se assusta. Mas prometo ser uma mulher normal dessa vez.Você não sabe porque eu não te atendi o dia todo. Eu te conto que é porque estava muito ocupada. Minhas amigas sempre usam essa desculpa e sempre namoram. Eu era a louca que nem esperava os caras ligarem e já ligava pra eles.Mas dessa vez tô ignorando o telefone. Mesmo que ele fique no meio das minhas pernas o dia todo esperando um telefonema seu. Mas você jamais vai sabe disso.
E jamais vai saber mesmo, sabe por quê? Porque você é o primeiro homem do mundo que não sabe que eu escrevo sobre a minha vida. Chega. Todos os homens morrem de medo disso e eu não agüento mais essa porra dessa solidão que me dá toda vez que procuro um pouco de amor nos beijos e abraços curtos que alguém me dá só pra poder transar depois. Chega.Aí você fala que vai cortar o cabelo e eu quero implorar pra você não cortar. Porque esses seus cachos acabam comigo. O cheiro do seu cabelo. A maneira descabelada que você usa pra parecer arrumado. E eu amo a sua cara de argentino e que você odeia os argentinos. E eu amo como a sua calça nova cai bem em você e como você fica elegante de chinelo. E eu quero te pedir pra deixar tudo como está e não cortar meus cachos prediletos de todos os cachos. Você me salvou. Eu não agüentava mais pensar nos mesmos caras que eram sempre os mesmos caras.Você é novinho em folha e eu sou louca por você. Mas tudo isso eu não te conto pra você não achar que eu sou louca. Chega. Dessa vez vou fazer tudo certo.Já é a sexta vez que você vem à minha casa e até agora nada. Não transei com você. Apesar de pirar na sua barriga e na sua nuca. E de querer eternizar o seu cabelo e o seu nariz feio. E de achar que o seu cheiro é o cheiro de uma nova vida que eu estava precisando tanto. E de eu te adorar principalmente porque eu já nem sabia mais como era adorar alguém novinho em folha. Não, não transei com você. Chega de transar sonhando em andar de mãos dadas. Agora vou andar de mãos dadas pra ver se vale a pena transar. Porque dessa vez vou fazer tudo direito. Chega.E você nem sonha que eu sou meio bipolar, quero ser mãe e acredito no amor da vida. Acredito no amor pra sempre. Acredito em alma gêmea. Você nem sonha com essas coisas porque só conversamos coisas leves e engraçadas.Chega de ser a louquinha intensa. Maior legal transar e se divertir com a louquinha intensa, mas quem agüenta o tranco de me assumir, de me amar?
Ninguém. Chega.E eu corro no espelho de novo e repito cem vezes que não gosto de você. Não gosto de você. Não gosto de você. Porque se eu gostar de você, eu sei que você vai embora. E eu simplesmente não agüento mais ninguém indo embora. Porque nessa vida maluca só se dá bem quem ignora completamente a brevidade da vida e brinca de não estar nem aí para o amor. E eu preciso me dar bem e por isso ignoro minha urgência pelo amor. Porque, se você sentir urgência em mim, vai é correr urgente daqui. Chega.E você implora pra gente finalmente transar. Já é a sexta vez que você vem aqui. E eu quero muito. Muito. Porque você tem a voz mansinha e só fala coisa inteligente. E você é cínico sem ser maldoso. Mas não, não. Estou morrendo de vontade de ser eu, mas ser eu só tem me feito perder e perder. E eu quero ganhar. Só dessa vez. Chega.E eu quero me dar de bandeja pra você. E dentro de mim uma voz diz: enlouquece. Vive um dia e já está bom. Depois eu demoro semanas pra me levantar, mas pelo menos fui intensa e vivi um dia. Mas não agüento mais nada disso. Quero viver uma história. Por isso dessa vez não vou transar e nem gostar de você. Tchau. Peço pra você ir embora. E você jura que eu não estou nem aí pra você. Melhor assim. Dessa vez quero fazer tudo certo. Chega de fazer tudo errado. E eu te espio da janela, indo embora. E quero berrar o quanto gosto de você.E te pedir em namoro. E rasgar sua roupa. E te comer. E dormir enroscada no seu cabelo. E te mandar flores amanhã. E mais uma vez agir como um homem. Mas eu cansei de ser homem. Chega de usar o homem que eu não sou pra ferrar comigo. Eu sou menina. E meninas só transam depois do sexto encontro. Ou depois que o cara fala que gosta delas. Dessa vez vai ser assim. Chega.E se você não se apaixonar por mim mesmo com todo esse teatro de moça banal que eu estou fazendo, vai ser a prova de que eu precisava pra saber que você realmente vale a pena. (T.B)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Mil e duas noites.

Esse texto aqui, tu nunca vai ver. Esse texto aqui é só mais um daqueles que eu escrevo tentando por pra fora o que fica me sufocando, me deixando louca, me dando dores musculares de tanto passar na cabeça. Esse texto aqui, eu queria muito que tu pudesse ler um dia. Esse texto aqui, tu não vai, nunca ler. Mas se tu pudesse ler, esse texto aqui seria só pra te dizer que foram duas, mas que eu queria que tivessem sido mil. E eu amei tudo. Não foi tua intençao ter sido só duas, e acho até desnecesario dizer que muito menos minha foi. O que aconteceu, aconteceu. Não foi nossa culpa, não tinha como saber. Mas aqui entre nós, eu queria que mesmo depois de ter ficado sabendo, tu continuasse acreditando na gente, tu continuasse dizendo todas aquelas coisas, e que a gente pudesse continuar indo comer batata frita com cheddar e caipirinha e ficar conversando até nos expulsarem de lá. Queria poder continuar rindo, gritando, cantando, conhecendo a tua vida e me apaixonando cada minuto mais por ela. A vida perfeitinha de menino certinho, que liga pra mãe pra dizer que não vai chegar em casa cedo e que toma agua quando vai dirigir. Se não fosse pedir muito, queria que tu não fosse tão certinho. Assim quem sabe a gente ia aproveitar mais e se preucupar menos. Assim quem sabe, a gente teria até mais do que mil. Queria não ter coicidencias contigo, ou no minimo não ter te contado tão rapido a coicidencia que fez com que fossem só duas. Eu fui tão burra, nem deixei um tempinho pra tentar fazer tu se apaixonar por mim tambem e ligar o foda-se para as coicidencias infelizes. Ou quem sabe tenha sido melhor assim tambem, a gente supera relevando o tempo que durou. Daqui a dois dias vou estar em outra. Mas não vai ter a mesma graça, não mesmo. Eu queria teu corpo, não outro. Ainda não passou dois dias, eu ainda quero teu corpo. Quero teus elogios, quero tua timidez, quero batata frita com cheddar, quero voltas malucas de carro pela cidade, quero planos sem chance se serem concretizados, quero mensagens dizendo que passou o dia que nem zumbi no trabalho só pensando em mim, quero ligações de boa noite. E, mais do que tudo, eu quero que aquela merda de coicidencia filha da puta suma das nossas vidas. Eu bem que te avisei, eu bem que me avisei tambem. Porque tu acha que eu demorei quatro horas e meia pra te dar o primeiro beijo da noite? Por isso sabe, por estar cansada de relacionamentos curtos. Mas tu fez eu acreditar em ti, e até que cumpriu tudo que disse que ia fazer. Mas no fim foi igual a todos os outros. Não, não foi igual. Dessa vez existe a chance de tu ter falado a verdade, de a gente realmente ter dado certo. Eu me agarro nessa chance com toda a força que eu posso. Mas que eu te disse, eu te disse. Eu disse que era traumatizada, que não queria ficar com ninguem, que sempre acabava acontecendo alguma merda pra estragar tudo que foi perfeito no inicio. É, aconteceu. Que eu nunca me engano, isso eu já sabia. Só não esperava que fosse pelo motivo que foi, um motivo tão idiota se parar bem pra analisar a situação, um motivo que se a gente vivesse dentro de um filme, certamente iriamos superar juntos. Odeio Porto Alegre. Odeio, odeio, odeio. Cada dia tenho um novo motivo pra me mandar de vez daqui (isso tinha que estar citado em alguma parte do texto.). Não deu certo, não foi nossa culpa, não tinhamos como saber, a culpa é da cidade e vamos continuar sendo amigos. Mas, se tu pudesse ler aqui, eu só queria te agradecer. Pela primeira noite perfeita, por ter sido tão educadinho, pelas lembranças deixadas, tudo, tudo. Eu amei tudo. Eu já amava tudo, e tu adivinhou e fez que a tua presença deixasse melhor ainda. As risadas, as conversas interminaveis, as voltas, os olhos verdes lindos, e mais do que qualquer coisa, teu abraço grande e confortavel, onde eu pude descansar por minutos dignos de ser congelados. Esperança e carinho, mesmo por duas noites e dois dias foram o auge. Eu só queria te dizer isso. Isso e tantas outras coisas, que não vão chegar nem perto dos teus olhos verdes, que eu queria tanto que estivesem me enxergando agora...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Sem paciência pra titulo

Um dia, em um futuro não muito distante, tu vai estar sozinho. Não que tu não já seja totalmente sozinho. Mas vai chegar o dia em que tu vai estar deitado na tua cama, vai fechar os olhos e tudo vai estar negro, então tu vai perceber o quanto esta só. Vai pegar o celular e todos aqueles milhões de numeros da tua agenda passarão claramente na tua frente e tu vai ver que não tem nenhum numero mais pra discar. Ninguem que atenderia o telefone só pra conversar, só pra falar merda por uma hora e fazer o mundo parecer menos chato. Talvez tu até tente ligar pra um ou dois amigos, aqueles de sempre. E dai eles vão vir com aquelas conversinhas vazias de sempre, tu vai fingir que esta super interessado nas conversinhas vazias de sempre, depois de 5 minutos vai desligar e ver como é triste essa tua vida de gente falsa e interesseira. E tu vai sentir vontade de gritar chamando alguem pra te fazer companhia, mas não vai haver ninguem solidário o bastante pra largar tudo e sair correndo só pra te dar um abraço demorado e te colocar no colo e ficar mexendo no teu cabelo até fazer o mundo parar de girar e tu se sentir quietinho e confortavel. Não vai ter ninguem pra ouvir o teu choro infantil com toda a paciencia do mundo. Ninguem vai estar nem ai se teus pais foram maus contigo, se tua infancia não foi tao boa assim, ou se tu tem traumas por ter sido gordinho.E sei lá, talvez tu tenha vontade de assistir um filme, ou mostrar pra alguem algum dos filmes que tu gosta, quem sabe até mesmo fazer uma lista de todos os filmes legais que tu quer mostrar. Mas não, não vai ter um só corpo que queria fazer isso. Dai tu vai perceber que só uma pessoa é legal o suficiente pra fazer coisas tão legais pra ti. E tu vai sentir vontade de sair da cama, ir pra algum lugar inesperado, fazer alguma coisa totalmente aleatória mas vai desistir da idéia algum tempo depois, depois de lembrar que tu está sozinho. Que ninguem tem vontade de verdade de sair contigo. Que na verdade tu é chato, e que, se não for por algum interesse da outra parte, tu vai ter que sair com o teu cachorro mesmo, já que ele nem sequer ouve o que tu diz e é o unico que fica feliz só em te ver. Talvez tu até saia, se encontre com algumas pessoas ridiculas que falam mal de ti quando tu vira as costas. Que gostam de pedir as coisas mas vivem falando por ai que te acham um mongolão. Dai tu vai pensar em alguma coisa engraçada, vai querer fazer piada sobre alguma coisa, ou fazer algum comentario sarcastico sobre alguem. Mas vai guardar pra ti. Porque tu sabe que ninguem vai rir, porque sabe que todo mundo vai achar idiota e desnecessario. E, porque tu sabe que só uma pessoa no mundo ria contigo um riso verdadeiro. E porque lá no fundo tu sabe que só existiu uma pessoa nessa cidade chata com quem tu podia falar o que quisesse sem medo algum. E tu vai querer fazer tantas, mas tantas coisas e não vai poder fazer nenhuma. E vai ligar o rádio e só são ter algumas musicas se repitindo: as nossas. E nesse momento, quando tu te ver perdido, sem ninguem que te entenda de verdade, dai, talvez, virão subitas memórias de nós. A minha preucupação, meus beijos, meus abraços, minha risada e até a minha vergonha de pegar onibus. E um novo momento vai surgir. O momento em que tu vai sentir uma angustia no peito terrivel, e vai desejar com cada pedacinho da tua alma o nosso mundo delicioso de volta. Vai querer com cada pingo dolorido da bile do teu figado a nossa vida de volta. E dai, dai sim vai ser triste. Lamento te dizer mas o nome de tudo isso vai ser saudade. Aquilo que eu tinha tanto, aquilo que inclusive cheguei a te falar algumas vezes e tu se achou bom depois pra dizer pra mim que tambem tinha. E quando tu finalmente discar o meu numero, ele vai estar ocupado demais com tantas outras ligações mais importantes, ou nem vai mais ser o mesmo, ou até mesmo que eu nem vou mais querer te atender. E quando tu tentar me encontrar, vai ver que eu estou longe demais em outra nova vida. E então os teus olhos vão te ensinar o que são lagrimas de verdade, aquelas que chegam a arder quando caem, aquelas que tu me viu derramar quando tu prefeiriu negar a verdade e viver a vida que teus amigos, que nem gostam de ti de verdade, queriam pra ti. E o nome do enjoo terrivel que tu vai sentir vai se chamar arrependimento, e a falta de apetite vai se chamar remorso. E então, quando mais dias se passarem, e eu continuar sem te querer, quando nada mais de bom de acontecer, quando tu perceber o quanto a tua vida é sem graça e vazia, e ninguem mais te olhar com os meus olhos encantados tu vai encontrar a tão famosa solidão. Apartir daí, o que vai acontecer é surpresa. E provavelmente o remédio para todas essas coisas acima... vai ser o tal te tempo que tu tanto gosta de falar. E ah, boa sorte, sinceramente, tu vai precisar.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

California Guy.

- I want you. You know what this mean?
- Of course I know. And...what a coincedence 'cause i think i want you too.



(...)






sexta-feira, 10 de julho de 2009

Happy end

Tres meses solteira, depois de dois anos estando sempre namorando, dois invernos acompanhada e agora eu achando um absurdo total ter que passar esse inverno morrendo de frio sem ninguem pra me abraçar e me levar pra baixo das cobertas. Alias, achando um absurdo eu ter isso quase sempre, mas nunca durar mais de quatro horas. Tres meses inteirinhos recheados de frases do tipo " eu não aguento mais", "eu odeio ficar sozinha", "eu me odeio", "não sei viver sem um namorado", e , a mais equivocada de todas: "ESSA É A PIOR FASE DA MINHA VIDA". E coitados dos meus amigos né, que tinham que ficar ouvindo isso e me mandar calar a boca 15 vezes por dia. Coitado dos meus amigos e amigas que faziam de tudo pra fazer eu tentar ver o lado bom das coisas, e sempre fracassaram e acabavam por desistir mesmo.Tudo que eu queria era que meu final feliz chegasse logo. Eu procurava, procurava e só acabava me enterrando na merda cada vez mais. Todo cara que eu via, passava umas 4h junto, já achava que era um futuro namorado em potencial. Eu achava que a minha felicidade estaria guardada nas mãos de algum homem, qualquer que fosse. E eles, é claro, percebiam o meu desespero, e me tornavam mais desesperada ainda quando desapareciam no dia seguinte. E parecia ser um ciclo sem fim isso, cara legal+ casa do cara legal+ desespero +desaparecimento no dia seguinte = uma garotinha cada vez mais desesperada. É claro, porque se meu final feliz não estava nas mãos de alguem, onde mais é que ele iria estar? Eu não queria lutar com a realidade cruel de que o meu final feliz só dependia unica e exclusivamente da unica pessoa que poderia me amar de verdade: eu mesma. Mas, até algumas semanas atras, era mais facil eu me esconder de mim e tentar me encontrar nos braços de qualquer idiota. E por culpa disso, eu sempre dei uma de ridicula. Não sei porque, mas algo em mim me diz que todos os caras com que eu sai nesses ultimos tempos, ficaram com o ego lá na puta que pariu e me acharam uma completa retardada e, no minimo, maluca. Mas não reclamo, eu dei muita razão pra isso. Eu fiquei vendo amor em cada gesto, fiquei vendo amor em cada olhar, fiquei vendo amor em cada gentileza, em cada carona, em cada cama. Quando no fundo, não era amor. Era o mais puro e frio tesão. E só. Tive que passar por tudo isso, pra hoje poder dizer que eu, concerteza, estou vivendo a MELHOR fase da minha vida até agora. Eu posso até não ter achado o cara dos meus sonhos em todas essas noites que sai sozinha em busca de um, mas, eu me diverti, fiz varios amigos/as e posso dizer que em 3 meses tenho muito mais historia pra contar do que em dois anos. E esse inverno, pode até ser o mais frio de todos os tempos, mas concerteza tambem é o mais divertido.Eu posso até ter passado por louca, bebada, puta, vagabunada, idiota. Mas a questão é que eu to cagando e andando pra isso tudo agora. Pior é alguem nunca se apaixonar. Prefiro me apaixonar uma vez por semana e sofer o que eu geralmente sofro quadno vejo que sou a uniac apaixonada do que viver na apatia de não se apaixonar nunca, de ficar por ficar e comer por comer. E quer saber? Talvez meu final feliz não esteja naquilo que eu espero sempre, no amor a primeira vista, na exceção a regra, na reviravolta no terceiro ato ou na declaração de amor inesperada. Eu coloquei tanto o meu final feliz nas mãos deles, que esqueci de diferenciar quando estou sendo a exceção e quando eu estou sendo a regra (nunca, mas enfim). Eu me foquei tanto em encontrar alguem que esqueci de diferenciar quem me quer de quem não me quer, quem vai ficar e quem vai me deixar. E, eu acho mesmo que o meu final feliz não inclui nenhum cara incrivel. Talvez meu final feliz seja simplismente eu, sozinha, recolhendo os caquinhos e recomeçando. Ficando livre para algo melhor no futuro. Talvez o final feliz seja só seguir em frente. E ficar extremamente feliz de que, mesmo com as ligações sem retorno, as promessas nunca cumpridas e o coração partido, mesmo com todos os erros estúpidos, com toda a vergonha e constrangimento de parecer meio desesperada, eu nunca, mas nunca mesmo, perdi a esperança.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Muito e porra nenhuma

Pô, faz um tempão que eu não escrevo nada aqui. Ando com uma falta de inspiração sem noção assim. De tanto não ter o que falar, resolvi escrever sobre a falta do que dizer. Ok, mentira, eu até teria sobre o que falar, tive várias outras decepções ao longo das semanas,decepções com pessoas, decepções comigo mesmo (varias, inclusive) paixões de uma semana, relacionamentos de algumas horas, fucking crazy partys, descobertas no minimo intrigantes, dias maravilhosos ao lado de amigas maravilhosas, o achado de uma segunda familia, viagens, programação de mais viagens pra agora e coisas meio bizarras de eu citar até para mim mesma. E o incrivel é que antes de eu parar, as 3 e meia da manhã, pra escrever isso, nem eu tinha percebido quantas coisas me aconteceram nesse tempo que não me pronunciei. Continuo andando com o meu caderninho e caneta, pra quando acontecer alguma coisa eu anotar o que me veio na cabeça e transformar em um texto depois aqui. Mas, as paginas dele estão em branco. Não consegui escrever nada, pensei taaanta coisa que acabei não escrevendo nada. Alias, quase tudo comigo é assim, de tanto ter o que dizer acabo ficando quieta, de tanto ser frágil dou a impressão de não estar nem ai, de tanto medo de ficar sozinha eu recuso companhia, de tanto se legal acabo assustando e parecendo ser estranha só, de tanto querer escrever e colocar pra fora tudo isso acumulado no meu cerebro, figado e coração eu deixo as linhas em branco. E assim vai, tudo na minha vida vai indo e indo. E ir, não necesariamente, significa evoluir. E dai, de tanto ir, começa a vir. De tanto vir, volta. E volta tudo denovo sempre. Quando penso que eu aprendi a lição, pof, lá estou eu pra cagar tudo de novo. "Juro pra mim mesma nunca mais fazer isso comigo mesma" haha, espera uma ou duas semaninhas pra ver se eu não fiz denovo. Mas tudoo bem, a psicologia explica, processo de auto sabotagem é o nome disso. Pelo menos, não estou sozinha no mundo nesse quesito, existem até livros sobre o assunto. Ufa.E o vazio hein, o que fazer com esse vazio que eu sinto? To tentando apelar pra tudo pra passar e não passa. Não passa nunca mas quase semre passa, pelo menos uma vez por dia. E dai eu tento escrever, tento escrever sobre o que eu to sentindo, sabendo que o que eu to sentindo é inexplicavel. Mas e dai? Eu não escrevo pra ninguem, não escrevo com segundas intenções, não escrevo pra ninguem ver, não escrevo nada aqui de proposito, não falo mentiras, aqui não tem entrelinhas, metáforas, indiretas nem diretas. Escrevo porque escrevo, porque me faz bem. A pior coisa que deve ter deve ser escrever só pra tal pessoa ver. Escrever sem sentimento de verdade, escrever por escrever, com toda a segunda, terceira e quarta intenção do mundo. Escrever pra se achar legal, sem nem saber direito o que dizer simplismente porque não tem o que dizer, são só um mont de palavras amontoadas fazendo o menor sentido. Maltratando assim a escrita e fazendo perder todo o sentindo de parar tudo que ta fazendo pra colocar algumas palavras no papel, no bloco de notas, no word ou sei lá onde. Mas enfim, e esse vazio que eu to sentindo hein, vai passar quando mesmo? Por favor, alguem me sacode e grita bem alto no meu ouvido que não existe vazio porra nenhuma, que a vida é linda e que fazer drama já virou patético? Mas por enquanto, eu só peço a minha inspiração de volta, só isso e já ta bom. Sempre fui de me contentar com pouco mesmo.