sexta-feira, 10 de julho de 2009

Happy end

Tres meses solteira, depois de dois anos estando sempre namorando, dois invernos acompanhada e agora eu achando um absurdo total ter que passar esse inverno morrendo de frio sem ninguem pra me abraçar e me levar pra baixo das cobertas. Alias, achando um absurdo eu ter isso quase sempre, mas nunca durar mais de quatro horas. Tres meses inteirinhos recheados de frases do tipo " eu não aguento mais", "eu odeio ficar sozinha", "eu me odeio", "não sei viver sem um namorado", e , a mais equivocada de todas: "ESSA É A PIOR FASE DA MINHA VIDA". E coitados dos meus amigos né, que tinham que ficar ouvindo isso e me mandar calar a boca 15 vezes por dia. Coitado dos meus amigos e amigas que faziam de tudo pra fazer eu tentar ver o lado bom das coisas, e sempre fracassaram e acabavam por desistir mesmo.Tudo que eu queria era que meu final feliz chegasse logo. Eu procurava, procurava e só acabava me enterrando na merda cada vez mais. Todo cara que eu via, passava umas 4h junto, já achava que era um futuro namorado em potencial. Eu achava que a minha felicidade estaria guardada nas mãos de algum homem, qualquer que fosse. E eles, é claro, percebiam o meu desespero, e me tornavam mais desesperada ainda quando desapareciam no dia seguinte. E parecia ser um ciclo sem fim isso, cara legal+ casa do cara legal+ desespero +desaparecimento no dia seguinte = uma garotinha cada vez mais desesperada. É claro, porque se meu final feliz não estava nas mãos de alguem, onde mais é que ele iria estar? Eu não queria lutar com a realidade cruel de que o meu final feliz só dependia unica e exclusivamente da unica pessoa que poderia me amar de verdade: eu mesma. Mas, até algumas semanas atras, era mais facil eu me esconder de mim e tentar me encontrar nos braços de qualquer idiota. E por culpa disso, eu sempre dei uma de ridicula. Não sei porque, mas algo em mim me diz que todos os caras com que eu sai nesses ultimos tempos, ficaram com o ego lá na puta que pariu e me acharam uma completa retardada e, no minimo, maluca. Mas não reclamo, eu dei muita razão pra isso. Eu fiquei vendo amor em cada gesto, fiquei vendo amor em cada olhar, fiquei vendo amor em cada gentileza, em cada carona, em cada cama. Quando no fundo, não era amor. Era o mais puro e frio tesão. E só. Tive que passar por tudo isso, pra hoje poder dizer que eu, concerteza, estou vivendo a MELHOR fase da minha vida até agora. Eu posso até não ter achado o cara dos meus sonhos em todas essas noites que sai sozinha em busca de um, mas, eu me diverti, fiz varios amigos/as e posso dizer que em 3 meses tenho muito mais historia pra contar do que em dois anos. E esse inverno, pode até ser o mais frio de todos os tempos, mas concerteza tambem é o mais divertido.Eu posso até ter passado por louca, bebada, puta, vagabunada, idiota. Mas a questão é que eu to cagando e andando pra isso tudo agora. Pior é alguem nunca se apaixonar. Prefiro me apaixonar uma vez por semana e sofer o que eu geralmente sofro quadno vejo que sou a uniac apaixonada do que viver na apatia de não se apaixonar nunca, de ficar por ficar e comer por comer. E quer saber? Talvez meu final feliz não esteja naquilo que eu espero sempre, no amor a primeira vista, na exceção a regra, na reviravolta no terceiro ato ou na declaração de amor inesperada. Eu coloquei tanto o meu final feliz nas mãos deles, que esqueci de diferenciar quando estou sendo a exceção e quando eu estou sendo a regra (nunca, mas enfim). Eu me foquei tanto em encontrar alguem que esqueci de diferenciar quem me quer de quem não me quer, quem vai ficar e quem vai me deixar. E, eu acho mesmo que o meu final feliz não inclui nenhum cara incrivel. Talvez meu final feliz seja simplismente eu, sozinha, recolhendo os caquinhos e recomeçando. Ficando livre para algo melhor no futuro. Talvez o final feliz seja só seguir em frente. E ficar extremamente feliz de que, mesmo com as ligações sem retorno, as promessas nunca cumpridas e o coração partido, mesmo com todos os erros estúpidos, com toda a vergonha e constrangimento de parecer meio desesperada, eu nunca, mas nunca mesmo, perdi a esperança.

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